terça-feira, 9 de abril de 2013

Pe. Ney Brasil participa da Plenária "Inspiração e Verdade".

Começou na segunda-feira, na Casa Santa Marta, no Vaticano, a sessão plenária anual da Pontifícia Comissão Bíblica, com o tema “Inspiração e verdade da Bíblia”. 

Nascido em São Francisco do Sul, frequentou o seminário em Brusque e foi ordenado padre em Roma, onde cursou o mestrado em Teologia. Estudou música nos Estados Unidos, fez mestrado em Exegese em Roma, e em 1973, retornou para Florianópolis, aonde leciona atualmente.

Pe. Ney, membro da Pontifícia Comissão Bíblica, explica o objetivo desta plenária, que se encerra sexta-feira.

O objetivo é contribuir para esclarecer esta questão, entender as escrituras, que é sempre uma curiosidade. Em que sentido? Eu pessoalmente vejo o horizonte novo, aberto já pelo Concílio, 50 anos atrás, do diálogo inter-religioso. Em que sentido entender os livros sagrados das outras religiões? Aí entra a questão da humildade. Não se trata de ser mais ou ser menos, é reconhecer eles, a seu modo. Deus quer a salvação de todos, como diz a própria Bíblia. Como entender o alargamento do Concílio? Creio que o ato de humildade é reconhecer que há na Bíblia muitas passagens, muitas colocações que estão superadas pelo próprio Evangelho, pela Palavra de Jesus, mas, no entanto, o próprio Jesus reconhecia na Bíblia esta fonte de inspiração. Aquela passagem famosa do sermão da montanha, em que se precisa ouvir o que foi dito “Eu digo a vocês que ele não teve receio de alargar os horizontes, de modificar um pouco a compreensão de uma série de passagens da Bíblia. Esta humildade, reconhecer que esta inerrância da Bibília que nós reconhecemos não é o absoluto. O absoluto é só Deus. E agora encarar este relativo sem cari naquilo que o Papa Bento XVI chamava a ‘ditadura do relativismo’”.


Fonte: Radio Vaticano

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