segunda-feira, 11 de abril de 2011

Dedicação - Evangelho do dia 11/04‏


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Reflexão do Evangelho:

1 – Dentre as tantas reflexões que poderiam emergir a partir deste texto maravilhoso, vou apresentar uma que, sob meu ponto de vista, é por demais importante para nossa convivência social. No geral temos uma tendência muito forte em confundir o pecado com o pecador. São coisas totalmente distintas.

Os mestres da lei, tanto quanto Jesus, sabiam muito bem que nos livros do Levítico e Deuteronômio o adultério era condenado e punido com o apedrejamento. Ora, se eles já sabiam disso, bastava aplicar a punição e tudo estava resolvido. Contudo, eles, sem reta intenção, vão provocar a Jesus com o fato da mulher que fora pega em adultério. Caso Jesus negasse a lapidação por apedrejamento, daria mais motivos para ser condenado, pois estaria indo contra a Lei de Moisés.

Os acusadores necessitavam apenas de um apoio jurídico para condenar a Jesus. Para eles, que viviam de hipocrisia, o problema colocado nem era mais a pecadora, mas a condenação de Jesus. Vale recordar que nem toda busca por Jesus é motivada por motivos nobres... Há quem procura a Jesus por motivos espúrios, falsos.

2 – O juízo de Deus nunca foi e nem será de condenação. O juízo de Deus se fundamenta no amor, na misericórdia, no perdão. Não dando crédito para eles, que não tinham reta intenção e nem misericórdia no coração, Jesus vai colocando palavras no pó da terra, escritas com o dedo.

Como alguns interpretam, talvez estivesse escrevendo os pecados deles, tão afoitos em querer condenar uma pobre pecadora. Finalmente, após a insistência destes mal intencionados, que certamente não eram fiéis à Lei, Jesus diz: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Bastou esta afirmação para que, um por um, com a consciência pesada, fosse deixando aquele espaço de perdão e acolhida.

4 – E Jesus, que não confunde o pecado com quem o comete, nos dá uma linda lição de amor: pecadores ou não, cada um de nós tem necessidade de conversão e do perdão de Deus. “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Jesus não nega a lei, mas procura ensinar-nos que devemos ultrapassar o limite da lei, sobretudo quando esta não tem força para resgatar a pessoa que transgrediu.

Podemos concluir que a única lei que realmente tem força para resgatar o transgressor, é a lei do amor. E esta lei nos foi ensinada pelo próprio Cristo. Somente a lei do amor é que redime, dignifica, absolve e motiva para buscar caminhos novos.

Oração:
Senhor Jesus, fonte de amor em ato, perdoa-nos dos nossos muitos pecados. Lança sobre nós teu olhar misericordioso e, resgata-nos, pela tua infinita misericórdia. Concede-nos a graça de termos um coração mais acolhedor.

Elimina em nós a tentação de julgar as pessoas, misturando o pecado com o pecador. Dá-nos o dom e a graça do discernimento para podermos distinguir a pessoa do pecador das suas ações equivocadas. Ajuda-nos a perdoar, superando toda mágoa e todo ressentimento.

Cura nossos corações de toda mesquinhez e hipocrisia. Derrama em nossos corações o bálsamo do perdão que liberta e cura para que possamos, também nos, ouvir tua doce voz a nos dizer: “Meu filho, minha filha ninguém te condenou?” “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Amém.

Deus te abençoe, concedendo-te um dia cheio de perdão e reconciliação.

Fonte: Padre Renato dos Santos – Salesiano de dom Bosco

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