segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um presente pra você!


Então é Natal! Somos convidados a refletir sobre vida, família, paz, fé. Tudo isso faz parte da cena do Natal: um menino nasce (Vida) no seio de uma Família rodeado de animais e simplicidade, numa noite tranqüila e serena (Paz), para ser Deus entres os homens (Fé). Se fixarmos nossos olhos nessa cena, e crermos que nela está contido o grande sentido do natal, temos de nos perguntar então: Por que tanta agitação? Por que tanto corre-corre para comprar presentes, fazer comilanças, arrumar tudo?

Sem nos darmos conta, acabamos nos envolvendo com tantas ocupações, que sentimos o coração agitado, perturbado, cansado. Esquecemos que neste tempo devemos buscar o oposto disto: a mansidão, a calma, a tranqüilidade. Não podemos perder de vista a cena da criança que nasce e dorme em paz. Quem contempla uma criança adormecida se sente muito bem, se comove, se sente manso. E o que pede uma criança adormecida? Pede silêncio e tranqüilidade. Pede uma família unida e feliz.

O natal é um tempo especial, para além do consumismo. A troca de presentes pode até ser importante, representa a partilha, a generosidade, um demonstração de carinho e reconhecimento, como os reis magos fizeram com o menino Jesus. Mas o consumismo exagerado, é uma fome que não sacia, representa um vazio que não pode ser preenchido com coisas materiais. Estar em família, partilhar a vida, cultivar a alegria e o amor, demonstrar carinho, ser presente são os presentes mais preciosos que podemos oferecer aqueles que amamos. Estes presentes não são compráveis, são construídos no dia a dia em nossos relacionamentos e duram para sempre.

Muitas vezes a agitação serve como fuga para não visitarmos nosso interior. Este tempo pede interiorização, revisão, consciência: Como eu tenho vivido? Quanto e como amei, perdoei, doei e recebi? O que eu acumulei no meu coração? O que eu fiz por aqueles que eu amo? Estou satisfeito com as minhas escolhas? Estou satisfeito sendo quem eu sou? Me sinto feliz?

As respostas a essas perguntas nem sempre nos agradam, mas elas têm um poder de libertação, e nos dão a possibilidade de transformação, renascimento. Podemos aproveitar então este tempo de espera do natal e ano novo, para fazer uma revisão sincera, para descobrir e valorizar aquilo que é fundamental: a vida, a família, a paz, a fé.

A chegada da criança traz felicidade, e nos lembra que a felicidade não é correr atrás do que não temos, mas sim, gostar do que temos, e apreciar aqueles que estão ao nosso lado. Que neste natal você se sinta manso, sereno, e feliz. Que a luz do menino Jesus ilumine todos que você ama e todos que amam você! Feliz Natal!

Juline Silveira

Psicóloga Clínica, Terapeuta de família, casal, e individual

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